quarta-feira, 13 de março de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 27


Capítulo 27/Segunda Temporada

"Verdades sendo reveladas"




24 de Novembro, 2010.

Bradford/London - 20:45 P.M

Você's P.O.V

 

  Eu estava ali, simplesmente sentada. Como ele pode fazer isso comigo? Argh, eu não consigo nem falar sobre isso. Essa noite tinha tudo para ser perfeito... Mas acho que quando tudo está pra dar certo, sempre irá ter algo pra estragar tudo! Estou em um canto do baile, onde não tem ninguém, ninguém consegue me ver, mas eu consigo ver todos. Inclusive... Pai? Achei que ele tinha ido embora. Ele veio até andando até mim.


Eu: Pai? Como me achou aqui?

Pai: Não me pergunte, porque nem eu sei. –me pegou pelo braço me olhando sério- SeuNome, eu preciso te tirar daqui. AGORA.

Eu: -soltei meu braço- Não por quê? Eu quero ficar.

Pai: Não, você não pode. VAMOS. –me pegou pelo braço novamente, indo até a porta de saída de emergências-

Eu: Me solta, agora. Como eu pude acreditar em você? –já estávamos no estacionamento, eu o olhava incrédula, e algumas lágrimas escorriam por conta da minha raiva- Você nunca, NUNCA deixa eu fazer nada.

Pai: Filha... Você nunca irá entender.

Eu: ENTENDER O QUÊ EM? ME DIZ UMA VEZ POR TODAS.

Pai: Aqui não.

Eu: Então na onde? É sempre a mesma coisa. –balancei meu braço, fazendo o soltá-lo- ME DEIXA. –me virei para voltar pro baile, mas o ouvi me chamando-

Pai: Seu passado. Tem haver com o seu passado. –me virei lentamente pra trás, tentando raciocinar direito cada palavra que ele acabara de dizer.

Eu: Como é... ?

Pai: -revirou os olhos- Nada, vamos embora. Você tá em perigo.

Eu: -ri- Não, pera aí. Você diz uma coisa da qual eu passei VIDA INTEIRA querendo saber, e agora me diz que corro perigo? Eu não saio sem o Zayn. –fazendo birra menti, cruzei os braços-

Pai: Ótimo, onde ele está? –dei de ombros, querendo dizer um “não sei”- Então, vamos embora sem ele. Você querendo ou não. –não tinha jeito, teria que ir-

Eu: Ok, vamos pra onde?

Pai: Pra longe. –foi andando, e eu fui atrás, um pouco de vagar, estava receosa, com raiva, tristeza, eu sentia tudo, menos o que eu mais deveria sentir esta noite... Felicidade.


 (...)


 Cama grande, lençóis brancos e bagunçados, quarto espaçoso, confortável e... Onde eu tô? Levantei assustada, ainda com aquele vestido lindo, porém desconfortável para dormir. Logo meu pai entra no quarto.


Pai: Bom dia. –foi até as janelas, abrindo as cortinas, quase me cegando com a claridade-

Eu: Que horas são?

Pai: Oito e ponto da manhã. –sorriu-

Eu: Merda precisava me acordar tão cedo? –bufei- Preciso de uma roupa confortável e um banheiro.

Pai: -apontou- Banheiro. –apontou de novo- Sua roupa.

Eu: Legal. Onde estamos?

Pai: Sul de Londres há uns 1500 km de Bradford. Por quê?

Eu: Beleza, quem pergunta agora aqui sou eu. Por que estamos tão longe? Por que me arrastou pra fora do baile? Por que não me conta a verdade?

Pai: Toma um banho, você precisa esquecer tudo isso. –saiu, bufei e me joguei na cama-

Eu: -falando sozinha- Ai vida... Por que tão difícil pra mim? Complicada, sem nexo, sem graça. Nunca sei da verdade. E você Zayn? Onde está agora? Droga, pra variar perdi meu celular... Grande merda. Acho que o melhor a fazer é tomar um banho mesmo. Olhei pra cômoda ao lado da cama pra onde ele apontou, peguei aquela roupa, que por incrível que pareça, era um shorts e uma regata. Estava fazendo sol hoje. Tranquei a porta do quarto e fui pro banheiro, arrancando aquela roupa e tomando um merecido banho quente.


(...)

  Depois daquele banho, saí daquele quarto, indo parar num corredor, onde tinha uma escada, e foi quando olhei pra janela do corredor, havia vários arranha-céus enormes ali em frente, então provavelmente onde estávamos era um arranha-céu também. Desci as escadas silenciosamente (estava descalça, afinal só tinha aquele sapato alto do baile), e indo parar na sala de estar. Não tinha um sinal de vida do meu pai. 

Foi quando eu vi o celular dele em cima da escrivaninha. Sem pegá-lo, apertei o botão de ligar a tela, onde se encontrava duas mensagens abertas de uma mesma pessoa, só que a questão era, estava como contato sem nome, vamos dizer assim. Primeira mensagem:


“O namoradinho dela não tem importância, eu quero ela” 

Provavelmente, o “namoradinho” é o Zayn, e “ela”, eu. Segunda mensagem:


“Não importa, ela corre perigo, a proteja melhor, eu vou achá-la e ter o que eu quero”.


  Merda, só podia ser o filho de uma figa do James. Fui em mensagens enviadas e nada. Mas o que esse filha da mãe tanto queria comigo? Havia uma ligação efetuada, da qual não foi apagada, e foi exatamente há 15 minutos, eu estava no banho. Contato sem nome de novo. Escutei passos vindo pra perto de mim, deixei o celular como estava e comecei a andar por aquela enorme sala. Tv, Cd’s, Dvd’s, rádio stereo, PlayStation, e uns quinhentos jogos. 

 Mas apenas uma coisa me chamou a atenção: Três retratos. Era uma mulher muito linda por sinal, e um homem, abraçados de lado, sorrindo. Foi aí que caiu a ficha: Era minha mãe e meu pai. Havia outro também, de uma bebê muito linda nos braços de alguém (só aparecia os braços do ser que a segurava), essa bebê? Era eu. A pessoa que me segurava? Provavelmente meu pai. E por último, havia outro, era o Peter e a mãe dele. Foi aí que eu lembrei que fazia um bom tempo que eu não o via e também não falava com ele. Eu sinto a falta dele.


 Pai: Vejo que gostou dos retratos. Sabe, esse apartamento do qual estamos, ele foi reformado no ano de 2006, ele era bem antigo sabe? –assenti- Mas, sempre foi assim, espaçoso. –riu- Sua mãe adorava aqui. –engoli seco-

Eu: V-vocês moravam aqui?

Pai: Não, não. –riu- Ás vezes passávamos finais de semana aqui. Seu avô não era liberal com sua mãe sabe? Foi uma época difícil, devo admitir. –olhou pro sofá e depois pra mim- Sente-se. Vamos conversar. –assenti e me sentei-

Eu: Sabe, até agora não entendi. Aquelas duas mensagens das quais estavam abertas no seu celular, era o James não é? O que tanto ele quer atrás de mim?

Pai: Dinheiro. –o olhei confusa- Você não é mais uma criança, já passou do tempo de saber de tudo SeuNome. Por isso, serei direto.

Eu: Ok, mas eu não entendi. Como assim, dinheiro?

Pai: Tenho um forte tráfico SeuNome, é óbvio que não faço mais isso, mas disso tudo, rendeu e sobrou muito dinheiro. Eu passei minha vida inteira tentando me reconciliar com você. Enquanto isso, todos os meus inimigos queriam te pegar, em troca, eu teria você e eles o meu dinheiro. –só agora faz sentido aquela perseguição toda, quando o Zayn até levou o tiro- Mas aí, meus capangas conseguiram pegar você. Eu os mandei sim, eu queria ter certeza que estaria protegida no Canadá comigo. Mas não deu certo. Você e o Peter foram mais espertos.

Eu: Bem, isso explica toda a perseguição que tive que conviver durante um bom tempo. Mas e o Zayn, eles também queriam o pegar.

Pai: Bem, o Zayn. Ele meio que não tem nada a haver com isso. Mas se parar pra reparar, ele é um garoto bonito, renderia dinheiro. E, aliás, eles sabiam que o Zayn seria seu ponto fraco se eles o pegassem. Assim, teria que salvar a vida dos dois e, eu teria que dar a quantia do dinheiro que eles pedissem. –tem história mais confusa que a minha vida? É não-

Eu: Ok acho que é informação demais. Mas pai, você não deve nada pra eles né?

Pai: Na verdade Seunome, não é dívida em dinheiro. É uma dívida da qual me vem perseguindo há anos. Esses meus inimigos são os mesmos dos quais eu tive problemas no passado. Mas eu consegui ganhar minha vida, mas eles não entenderam.

Eu: Não entenderam o quê?

Pai: Que eu larguei a vida que eu tinha. Baladas, drogas, bebidas, mulheres. Essas coisas. Eu só tinha 18 anos, um moleque da vida. Foi aí que eu conheci sua mãe.


25 de Novembro, 2010.

Bradford/London - 08:30 A.M

Zayn's P.O.V


   Eu havia a perdido, e tipo acho que dessa vez era pra sempre, eu tive que aceitar o que James me falou, eu não tinha saída... Eu nunca me perdoaria se ele relasse um dedo na garota que eu mais amo nesse mundo. Estava sentado na calçada da minha casa, chorando um pouco, pensando na noite anterior. Eu iria fazer uma surpresa, mas tudo foi por água a baixo. Olhei para o final da rua, e logo vi Liam vindo até mim, havia o chamado pra gente conversar. Enxuguei as lágrimas, e esperei chegar até mim.

 

Liam: E aí irmão. –se sentou do meu lado-

Eu: E aí cara. –pausei- Péssima noite.

Liam: É, tenho que concordar. Acho que dessa vez eu e a Sabrina não temos mais volta. Brigamos feio.

Eu: -ri- E eu? Que nem cheguei a brigar com a SeuNome, mas sei que não tem mais volta, na verdade, não a terei de volta.

Liam: Vai desistir assim? Vocês tem tudo pra ser feliz.

Eu: É, tínhamos. Mas nem tudo é como eu pensei. E olha só. –peguei a coisa do meu bolso e o mostrei-

Liam: Porque ela perderia o celular? Já passou na casa dela?

Eu: Não sei cara. Não e nem vou, o Niall e a Becky passaram a noite na casa dela. Harry, Louis, notícias?

Liam: Sei lá, acho que o Harry deve tá de rolo com aquela garota, e o Louis sem sinal também.

Eu: É cara, acho que acabou. Acabou tudo. –abaixei a cabeça, encarando o celular da SeuNome, que falta ela fazia-

Liam: Como assim?

Eu: Não caiu a ficha ainda? Ontem a noite foi nosso último dia Liam. Acabou escola, já estamos no fim do ano. Ano que vem, já teremos que seguir com nossas vidas, decidir quem queremos ser na vida, ter nosso trabalho, nossas famílias, nossas vidas. Acabou Liam... Acabou tudo. Até as nossas namoradas. Simplesmente acabou. –o olhei, o qual me encarava-

Liam: Você pode até ter razão em partes, mas acabou não irmão, temos muita vida pela frente ainda. Vai por mim, a SeuNome deve tá em qualquer lugar por aí, pensando em ti, e achando alguma solução pra tudo isso pra que vocês se acertem. Cara, ela te ama.

Eu: É, deve tá sim. Em qualquer lugar por aí. Mas... Nós dois cometemos erros dos quais não terá mais volta. –doeu falar isso... Mas ninguém poderia saber da minha conversa com o James...-


Continua... 

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