sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 06 \ Terceira Temporada

"Reencontro de amigos"



Narradora On.


Suava frio. Suor escorregando pela testa e mãos, o corpo estremecendo. Já não havia mais nada que a pudesse deixá-la com medo. Era o que pensava. Era um pesadelo que parecia não ter mais fim. Pedia socorro, mas ninguém a escutava. Queria gritar, mas som nenhum saía. Ela queria poder correr, fugir dali. Quem a perseguiria? Ela não sabia. Um cara alto, de preto. Todo vestido de roupas pretas e grossas. Ele não sentia calor? Ela corria sem parar, mas nunca chegava em lugar nenhum. Era infinito. 




Ele vinha atrás dela. Ele só queria ajudar, mas ela sentia medo. Muito medo. Ela não queria. Quem era ele? E só corria, corria sem parar. Sem fôlego, mas nunca desistia. Até ver tudo branco.

Plaft!


Você Narrando.

Janeiro, 2013 - Hawaí



- Bom dia mocinha. Pesadelos? - disse o garoto galã de olhos verdes que abria as cortinas, sorriu amarelo pra mim.

- É, mais um pesadelo pra coleção -analisou bem quem estava ali a sua frente- P-peter, o que faz aqui? Ai! -resmunguei ao por a mão na cabeça ao perceber que estava no chão.

- Belo tombo. -riu-

- Ah cala a boca! Cadê o David?

- Saiu mais cedo, compromisso de última hora. Eu vim te acordar.- As sete da manhã?! -resmungou, odiava acordar cedo em plena...- Sexta-feira? Peter, sete da manhã de uma sexta-feira?! -digo indignada já me levantando.

- É que tem alguém que quer te ver... -foi interrompido por um ser que entrara naquele canto bagunçado.

- SURPRESA! -disse feliz.

- PAI! -saí correndo e pulei em seu colo- Quando chegou?

- Agora. -riu.

- Então né... Eu ainda to aqui gente. -Peter falou, um tanto com ciúmes?

- Ah como é bom vê-los junto de novo. Resolvi fazer uma visitinha. 

- Ok pai. Vamos descer, estou morrendo de fome. -digo, já pensando no meu belo café da manhã reforçado, fazendo os rir com meu exagero de fome.

- Então, o senhor só veio para cá pra me ver? Quer dizer nos ver? -digo, colocando um pouco mais de café em minha xícara.

- Sim. Quer dizer, achei que fosse bom passar um tempo com vocês. Que aliás, cresceram muito rápido. Quase não nos vimos nesses últimos anos.

- É pai. Aconteceu muitas coisas nesses últimos anos, foi tudo muito corrido, não é mesmo? -diz Peter, se dirigindo ao meu pai com um tom de seriedade. 

- Ok ok. Isso aqui já ficou sério demais. E então pai, como foi ficar três anos em Londres? -disse, tentando mudar um pouco o assunto.

- Foi ótimo. Re-organizei minha vida, está tudo em seu devido lugar. -sorriu- E você Peter, como está sendo conviver aqui?

- Bom, eu acho. Apesar de estar naquele hotel. -resmungou. Eu gostaria que Peter ficasse aqui, se ele se desse bem com David.

- Por que? Não o convidou para vir morar aqui filha? -meu pai disse surpreso. 

- Peter, seu viado. Você não o contou?! -ele acenou com a cabeça um não. Filho da mãe. Então meu pai me olhou esperando uma resposta- Pai é que... David praticamente o expulsou daqui! É impossível existir uma convivência entre esse dois! Sem contar que não aguentaria Peter aqui em casa!

- Seu Nome, foi isso que eu te ensinei?! Ele é seu irmão! 

- E David é meu marido! -digo, irritada.

- COMO É? -os dois falam junto surpresos. Ah não... Eu falei coisa que não devia.

- Não... Não. Ele não é meu marido. Quer dizer, é. Ah esqueçam. -bufei, me sentando na cadeira, colocando as mãos na cabeça. Eu não havia os contado.

- Repete isso Seu Nome. -disse meu pai, bravo.

- Eu não escutei isso... -disse Peter, desacreditando no que eu acabara de dizer.

- É... -respirei e com mais calma, prossegui- David me pediu em casamento. E não... Ainda não dei a resposta, então acalmem-se.

- Isso é ótimo! - meu pai disse feliz?! Ele era bipolar ou que?

- COMO É?! -dessa vez foi a minha vez e Peter repetirmos a cena anterior.




- É. Minha filhinha se casando. Seria tão lindo te levar ao altar...! Já pensou filha?

- Não pai! Isso é loucura! Não quero me casar. -digo, cruzando os braços emburrada.

- É pai! Minha irmãzinha não. - Peter falou se encostando ao meu lado.

- Filha. Vocês dois já estão há muito tempo juntos para considerarem isso ainda como um namoro!

- Mas pai!

- Quando eu terminar, você fala. -me encolhi, com medo de suas palavras. Isso era contra a minha vontade!- Se você não gosta verdadeiramente de David, por que ainda está com ele por tanto tempo? -me encarou. Ele iria perguntar... Eu não iria responder e ele saberia- Você ainda o ama não é? -não respondi, abaixei a cabeça, aguardando uma nova bronca.






- Pai não obrigue a Seu Nome. -Peter se opôs.

- Espere Peter. A sua irmã precisa saber que três anos já se passaram! Três anos! Três anos ficando com um cara com quem você não gosta Seu Nome? Como pode?

- Curei um amor com outro amor. Não é o que dizem? -então, tomei coragem de encarar olhos que me davam medo e uma boca que me julgava com palavras. 

- Não, não curou! Você ainda o ama! -sem me controlar, lágrimas já escorriam.

- Pai para! Ela não tem culpa disso! Você sabe. Não é culpa de ninguém! -Peter exclamou, empurrando meu pai um pouco para longe o acalmando. 

- Pense o que quiser de mim pai. Tenho consciência do que fiz, mas isso é minha vida e sou eu que decido. -disse firme, limpando as lágrimas teimosas e subi para meu quarto. Não queria ver o rosto de mais ninguém. Então escutei algo tocando. Tranquei a porta ao perceber que era o telefone do meu pai. Vibrava em cima da minha cômoda, e quando o peguei, não acreditei. O homem que há minutos atrás estava me julgando por amar um homem do qual neste exato momento ligava no celular do meu pai. 


- Alô? -disse a voz rouca que eu tanto gostara de escutar.

- Zayn... -disse, com uma voz tanto fraca. Ele era meu ponto fraco.

- Seu Nome? -disse surpreso, mas logo mudou seu tom de voz, voltando a ser aquele homem frio que conheci aqui- Esse não é o número do seu pai?

- É sim. -fiz o mesmo- Por que está ligando pra ele?

- Nada, só estou confirmando contatos da minha agenda, para ter certeza de quais apagar.

- Não seja mentiroso garoto. - É sério.

- Eu sei que está mentindo. Não ligaria para ao meu pai á toa. Certamente, estão aprontando algo. -ele responderia, se alguém não batesse na porta interrompendo.

- SEU NOME EU SEI QUE ESTÁ AÍ. ABRA ESSA PORTA! 

- Que sorte a sua querido Zayn. Vou passar a meu pai, um momento. -abri a porta, dando de cara com a face surpresa de meu pai me encarando com seu celular.

- Seu Nome sua atrevida, devolva já meu celular. -tentava pegar, mas o impedi.

- Só um momento Pai. -voltei pro celular- Então Zayn como ia dizendo... -então meu pai tomou o celular de mim e com raiva disse- Vocês são dois grandes mentirosos. Falou tanto de mim, mas ainda tem contato com ele. Como pode?! Eu não mereço isso. -entrei e bati a porta. 

- Seu Nome, filha por favor eu posso explicar. Zayn te ligo depois! Seu Nome por favor!

- Vai embora, eu quero ficar sozinha. -e acho que ele entendeu, pois depois só senti o silencio me dominando ao redor. Resolvi ligar a tv, já que meu notebook estava lá embaixo e não desceria tão cedo. Tv ligada diretamente no jornal. Eu mudaria de canal imediatamente para o desenho do Bob Esponja *le momento criança da Fran aqui* se não fosse uma notícia que chamara minha atenção. James. O maldito estava solto de novo. E minha vida iria virar um inferno novamente. Peter morando aqui. Meu pai voltando. O papo sobre que eu deveria me casar com David... e a ligação de Zayn. Tudo fazia sentindo. 


Zayn Narrando.

Janeiro, 2013 - Bradford\London

Tentando ainda achar um jeito de falar o que senti quando escutei a voz dela novamente. O nervosismo tomou conta de mim. A mão gelada, coração acelerado. Tudo isso seria saudade dela? Será que ela descobriu? Ela é esperta, é óbvio que ela já sabe. Sabe também que tudo o já passamos estava voltando. Sabe também que estarei de volta pra ela. Estaria de volta para protege-la. 

Pensei que choraria quando escutei Gonzalez me contando que ela havia sido pedida em casamento. Mas não chorei. Eu sei que ela merece ser feliz, e nós dois juntos isso não iria acontecer. E sei também que o pai dela não a quer comigo. Eu sei disso tudo, e sei mais do que deveria saber. Doía, mas terei que superar isto agora ou nunca. Agora, por que senão morreria com tanta amargura dentro de mim. Eu sei que mesmo ela não querendo, ela vai aceitar, porque é o melhor a se fazer. 


- Zayn? -minha mãe entra em meu quarto.

- Sim mãe. 

- Tá tudo bem filho?

- Não mãe. - por mais que eu nunca havia conversado com a minha mãe antes sobre ela, agora eu precisava. Eu não tinha mais minha avó aqui.

- O que aconteceu? -se sentou do meu lado- Algum erro sobre o plano? Quer dizer, mesmo eu não apoiando que faça isso.

- Não, não é sobre o plano. Quer dizer talvez seja. -vendo que ela não estava entendendo nada, especifiquei- Pra ser mais exato... É a Seu Nome mãe.

- Ai filho. Você sabe muito bem que se ficar pensando nela e ficar colocando sentimento nisso, vai dar errado. 

- Eu sei, eu sei. Mas é que... Eu escutei a voz dela agora, e eu desejei nunca ter a perdido.

- Zayn... Você sabe que pode tentar reconquista-lá. Mas não agora, deixe as coisas se acalmarem.

- Não mãe. Não posso nem mais sequer tentar. Ela foi pedida em casamento. Eu a perdi pra sempre. -e não houve mais palavras pra explicar o que eu sentia... lágrimas escorrendo já foi o suficiente para minha mãe entender que eu ainda a amava.

A claridade invadia meu quarto. Janela aberta e cortinas puxadas. Olhei ao meu redor e fiquei aliviado por saber que estava em meu quarto. Devo ter caído no choro após palavras confortadoras da minha mãe. Um novo dia Zayn. -pensei- Um novo dia para tentar de novo. Levantei junto com um som animado que vinha do meu celular, uma ligação, era do Gonzalez, mas recusei, depois retorno. Banho tomado, comecei a arrumar meu quarto. Celular toca de novo. Dessa vez atendi, era Liam.


- E aí cara. Até que enfim atendou isso. -disse Liam, com seu humor de sempre.

- É, foi mal. -ri fraco.

- Tá livre hoje?

- Por que?

- Reencontro de amigos hoje, topa?

- No sábado?! 

- É cara, não queremos balada, festas, nada do tipo hoje. E aí, topa ou não?

- Claro. Na onde?

- No boliche. Depois das nove.

- Beleza. Quem vai?

- Ah... Eu, Harry, Louis, Niall, as meninas... - o interrompi rindo.

- Não Liam... Vai mais alguém além de nós?

- Atá. -riu também, ao entender minha pergunta- Não, só a gente. Já falei, reencontro de amigos, vamos conversar. Depois de voltarmos do Hawaí ninguém se falou.

- Beleza... Só uma coisinha. De quem foi a ideia?

- Da Sá por que?

- Hum, nada não.

- Zayn... Nem venha meu caro, não estamos juntos.

- Sério? E por que ela fez questão de te avisar primeiro sobre isso?

- Como você sabe? Quer dizer... -ri com sua atrapalhação- Para de rir Zayn, não tem graça.

- Ah tem sim. -ri mais.

- Tá, ok. Você venceu. É pode se dizer que voltamos, tá feliz agora?

- To sim. Até a noite então. 

- Até, falou. -desligamos.


Um reencontro de amigos? Até que não era uma má ideia... Se pensarmos que estou com um cara para me pegar e me fodi no amor. É, não está tão mal assim. Mas só me perguntava uma coisa, o que aconteceu de tão interessante para a Sá fazer isto? Nos reunir de novo? Não, era só um reencontro para pormos a conversa em dia, nada demais Zayn. Eles não sabem e não precisam saber que James voltou, é isso. Ninguém precisa saber. 


Por volta das 4 da manhã. Shopping Center - Boliche, reencontro de amigos.


- VIRA VIRA VIRA! -as meninas gritavam enquanto Liam e Harry viravam a garrafa de cerveja. 

- Af, Harry seu mole! -Niall exclamou rindo. Pela segunda vez Liam havia ganhado.

- Quem é o próximo? -disse Liam rindo, todos estávamos bêbados, um mais outros menos, mas todos bêbados.

- Eu lhe desafio Liam! -disse Louis, batendo na mesa.

- Vai lá Louis, ganha desse daí! Nós fazemos melhor que ele! -digo rindo da situação. Era bom estar de volta com eles. Então, alguém me cutuca.

- Zayn? -a pessoa disse baixinho.

- Fala Sá. -digo baixinho a imitando, fazendo a rir.

- É verdade que o James fugiu? -droga.

- Não, quer dizer, eu não fiquei sabendo de nada. -ri fraco.

- Ah tá. Não é que eu vi no jornal que estão procurando ele, e o pai da Seu Nome vai fazer de tudo pra pegar ele e que ainda está confiando numa pessoa para ajudá-lo.

- Sá onde você viu isso?

- No jornal hoje de manhã, por que? -será errado eu contar pra ela? A Sá sempre ajudou a gente.

- Nada não, deixa pra lá. Esquece isso. Você conhece o Gonzalez, ele vai conseguir pegá-lo.

- E se ele não conseguir? -retrucou Sá- Digo, se ele voltar atrás de mim ou Liam, ou até atrás de você novamente?

- Ele não vai. -digo com firmeza um tanto seco. Não posso contar, mas ela fazendo perguntas não vai ajudar em nada.

- Tá bom seu grosso, se você diz. -então ela se encolheu e ficou quieta. Fiquei ressentido por ter sido grosso, mas a coisa era séria e eu não podia envolver mais ninguém nisso. Não como fiz da outra vez, era arriscado e me traria muitos problemas. Desta vez, a responsabilidade de manter todos a salvos desse pilantra é toda minha. Passou mais um tempo, e depois de tantas conversar, risadas, resolvi ir embora.


- Droga já tá tarde, eu tenho que ir Sá. Avisa o Liam que falo com ele amanhã. 

- Mas já Zayn? -fez um carinha triste, implorando para que eu ficasse.

- Sim. -ri fraco com sua carinha, e dei um beijo em sua bochecha- Tchau linda, eu preciso ir mesmo.

- Tudo bem gato, vai lá, pode deixar eu aviso o Liam. 






Segui caminho a diante, logo chegando em casa. Deitei exausto na minha cama, e antes de pegar no sono, uma única palavra ecoava em minha mente... Seu Nome.


Oie =33 Haha parabéns pra mim que conseguiu postar ontem e hoje u-ú! E claro, pela primeira vez eu fiz um capítulo grande :o Então aproveitem muito ok? Fiz com muito carinho e criatividade haha! Mas, falando da fic, afinal o que vai acontecer? Será que "você" vai aceitar o pedido de casamento? E Zayn será que vai conseguir esconder de todo mundo o que tá acontecendo e ficar longe da sua amada? Haha tudo isso quem sabe no próximo capítulo! Mil beijos, amo vocês! (;  
-ps: ignorem o nome do título broxante, eu realmente estava sem ideia pro nome do capítulo .--. -

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 05 / Terceira Temporada

"O inimigo está de volta"



Zayn Narrando.

Janeiro, 2013 - Hawaí/Aeroporto 


Pousando aos poucos, o avião chegava ao seu destino. Devagar, desci as escadas pegando minhas malas. Enfim, Londres. Fui andando até o portão de desembarque. Eu realmente esperava reencontrar só minha mãe, ou uma de minhas irmãs. Mas não. Ao lado de minha mãe tinha mais alguém. Alguém que eu não via a há anos. Alguém que eu realmente não gostaria de rever tão cedo.

- Filho! Senti saudades! -me envolveu num abraço apertado.

- Oi mãe. Também senti saudades. Onde estão minhas irmãs?

- Ah, eu achei melhor que elas esperassem você em casa. -Sorriu.

- Mãe... -disse num tom cabisbaixo.

- Ah sim filho. O Gonzalez quis me acompanhar até aqui.

- Olá Zayn. É bom revê-lo. -sorriu, mas devolvi um sorriso de canto fraco.

- Igualmente -menti- Por que está aqui?

- Sua mãe já lhe disse. Resolvi dar uma carona até aqui.

- E então filho, vamos? -minha mãe chama de volta minha atenção.

- Vamos sim.


E então, dentro de um carro, um silencio absurdo. Até alguém o quebrar.

- E então Zayn. Como foi no Hawaí? -disse Gonzalez, atento ao transito.

- Ótimo. Aliás, reencontrei sua filha por lá. Não sabia que agora morava por lá.

- Ah sim. Minha filha. E como ela está?

- Não sei. Sua filha é tão ignorante que não me deixou ao menos a perguntar se estava bem. -disse um tanto com raiva.

- Zayn... -repreendeu minha mãe.

- Ah não. Nem vem mãe. É a pura verdade. E quer saber? Nem sei porque aceitou carona desse daí. Eu prefiro ir a pé. -aproveitando que o carro havia parado, peguei minhas coisas e desci daquele carro, andando até o próximo ponto de onibus, só faltava duas quadras. Mas escutei alguém me gritando.

- ZAYN! VOLTA PRO CARRO AGORA. -as pessoas que ali passavam tomaram sua atenção a minha mãe que gritava comigo.

- NÃO MÃE! -gritei de volta. Qual o problema deu não querer aceitar carona do Gonzalez? Nenhum, mas para minha mãe é como se eu estivesse desrespeitando a lei.

- AGORA ZAYN. VOCE NÃO É MAIS UMA CRIANÇA.

- ÓTIMO. POSSO MUITO BEM IR A PÉ PRA CASA.

- VOLTA! TEMOS QUE CONVERSAR. -não respondi e continuei caminhando.

- Zayn, por favor filho. É o James. -então, um nome. Um nome que me fez parar e repensar. Droga, o que estava acontecendo? Então, sem ter um controle próprio sobre meu corpo, já me vi dentro daquele carro de novo.


Os velhos retratos continuavam ali. Não havia mudado nada. A única parede lilás da sala, que então me lembrou de três anos atrás da brincadeira que fiz com a Seu Nome. E eu me peguei rindo sozinho.

- Rindo sozinho? -uma voz grossa me faz virar pra trás.

- Não. -disse seco- Apenas lembrando dos bons momentos que passei aqui.

- Sabe, a Seu Nome sempre me dizia que amava ficar aqui. Adorava ficar conversando com a Marie, brincando com suas irmas... Ou até mesmo, ficar aqui com você. -riu.

- Marie? Porque tá falando da minha avó? Não queira tocar na minha ferida. Não comigo.

- Desculpa Zayn, não era a intenção. Mas, como sua mãe disse. É o James.

- O que tem ele? -minha voz já era dominada pela raiva.

- O inimigo voltou. Ele voltou Zayn.


Flash Back On.

03 de Setembro, 2011.

Bradford/Londres.


Preto. Preto e branco. Sem cor. Sem nada. Sem coração. Sem sentimentos. Sem motivos para viver. Era assim que eu me sentia. Era assim que eu via o mundo agora. Um mundo em preto e branco. Jaqueta de couro preta, camiseta preta. Um jeans velho, e um t
ênis preto. Eu me preparava para sair de casa e ser mais forte, -ou fingir que sou-, e ir para o velório. Pense o que quiser mas, eu havia chorado. Ainda estou chorando. Eu não acreditava que ela havia ido. Não era possível. Minha avó havia ido embora. "Ela morreu" Foi isso que escutei da minha mãe assim que cheguei em casa, noite passada. Não dormi, e nem quero. Eu quero tê-la mais uma vez aqui. Mas eu não podia, e sabia. Arrumado, pensei em uma única pessoa que estaria pior do que eu ao saber disso. 

Eu sei. Ela deve estar bem longe agora, feliz. Mas sem imaginar que estou acabado. A pessoa que tanto se importou comigo, pra que eu fosse feliz. Sempre me ajudou em tudo. Sempre me ajudou em conquistar minha garota, se foi. A velhinha -conhecida carinhosamente por todos como dona Marie- simpática, carinhosa, sábia, e minha avó. Eu nem ao menos sabia o que estava sentindo. Era uma tristeza... Uma tristeza profunda. Que era de amargar meu coração. Eu via tudo em preto e branco. O mundo não teria mais cor.

Então, escuto alguns toques na porta. Alguém me chama e entendo que está na hora. Desci as escadas, minha mãe e minhas irmas já se encontravam dentro do carro. Foi quando escutei um grunhido atrás de mim.

- Pode deixar Zayn. Eu levo elas. Não precisa ir agora.

- Obrigado... Gonzalez.

- Tudo bem. Meus sentimentos. -agradeci com a cabeça, ele me deu um tapa de leve no ombro e se foi. Seria realmente interessante saber o por que dele estar aqui -a ligação dele com a minha avó talvez explicasse- se tudo isso aqui não fosse profundamente uma tristeza para mim. Me sentei numa poltrona, deixei que algumas lágrimas escorressem. Não me privaria disso. Seria fraco... Apenas para mim. Mas, como aparência, fingiria ser forte. Chorei... Chorei. Chorei mais ao admirar o retrato em minha frente do qual ela ainda sorria e me abraçava. E me dizia:

 "Querido. Meu querido Zayn. Não chore quando eu morrer. Sorria. Eu só terei ido embora, mas você ainda terá uma vida pela frente. Lembre-se de todas as coisas boas que tivemos e cultiva-as. Lembre-se disso. Não carregue tristeza e mágoa alguma. Nem sentimento de vingança. Nada. Não importa o que seja. Um dia todos nós iremos morrer. Sorria porque eu terei ido embora e viverei num lugar melhor. Não chore querido, ainda irei te amar eternamente".

Flash Back Off.


Ent
ão eu entendi o que ela tanto queria me dizer.

-Não me diga que... -não fui forte o suficiente para terminar a frase.

- Sim Zayn. Por isso pedi que ficasse mais um tempo. Ele estava lá. Eu tive que expulsá-lo.

- E foi a partir daí que o sequestrou, não foi?

- Sim foi. Ele precisava pagar por tudo o que fez!

- E como ele voltou?!

- Ele conseguiu fugir. Como eu não sei.

- E por que veio até mim?

- Por que eu sei que carrega uma vingança dentro de você a tempos. Parece errado carregar esse sentimento, eu sei. Eu sei Zayn, a mim você não engana. Eu sei que quer vê-lo morto.

- Não entendo.

- Zayn! Eu sei o quanto você tem raiva dele, mais do que eu se duvidar. E o que eu fiz, foi pouco! Depois disso então... Achei que você quisesse.

- Ah Seu Nome sabe disso? -desviei o assunto. Eu tinha raiva dele sim, mas não acho que o queria morto. Eu queria ve-lo sofrer e apodrecer na cadeia.

- Não. Por que?

- Não temos ligação alguma Gonzalez. Sua filha deveria saber disso.

- Ela não precisa.

- Será? -disse com desdém- Acho que ela gostaria de ficar informada sobre o cara que tirou o filho dela.

- Seu filho também.

- É, isso aê. -disse sem humor algum. Onde ele queria chegar?

- Zayn entenda...

- Vá embora. Não vou ajudar mata-lo. Chame seus capangas, você não tem eles pra isso? Pra fazer seu serviço sujo?

- Ah moleque. O que você virou hein? Um traste. 

- Não me chame assim. -a raiva começava a me dominar novamente.

- Chamo sim. O que você se tornou?! Um moleque que só pensa em se divertir, não toma rumo na vida. Será que o amor foi capaz de te tornar nisso?!

- Que merda de amor! Voce já está falando em algo que nao tem nada a ver!

- Tem tudo a ver! -respirou, e mais calmo disse- Essa noite eu vou pro Hawaí preciso falar com o Peter, deixá-la a Seu Nome a salva. E você, tem até amanha de manha para me dar uma resposta. Passar bem. 


Mas que droga! Entediado, encarava as paredes azul marinho escuro -principalmente o teto, que me parecia bem interessante no momento- pensando no que deveria fazer. Se tomaria um rumo pra minha vida - incluindo a tal vingança-, ou continuava assim e deixaria o destino me levar. Grande merda a minha vida se tornou. Gonzalez tem razão, o amor muda a gente... E no meu caso, ele me estragou totalmente. Eu não era assim. Eu tinha uma vida. Eu tinha um amor. Eu tinha tudo que eu precisava. Eu tinha planejado meu futuro e minha vida ao lado da minha garota. E em questão de minutos, eu perdi tudo. O que fazer para reconquistar tudo o se perde? Eis a questão. O velho e antigo e meu favorito brinquedo eletrônico vibrava. O peguei vendo que era só um alarme. E
ntão, um número. Disquei sem pensar duas vezes. 

- Alo? -a voz rouca atendeu, respirei fundo.

- É o Zayn.

- Ah sim. Diga rápido, por favor. Já estou no avião. -respirei fundo e disse com calma.

- Tudo bem, eu aceito Gonzalez.


Continua...

Oii (: Bem, esse capítulo exigiu muito da minha imaginação.. então, vocês tem sorte deu estar conseguindo postar... Bem, a minha demora é por causa que eu tinha que estar mexendo pouco no pc por conta de umas coisas -incluindo a minha falta de criatividade-. Espero mesmo que tenham gostado desse pq slá né. Vou tentar escrever outro, mas não prometo nada. Beijão! ((: 
Aliás.... -estou atrasada eu sei u-u- PARABÉNS PRA NÓS DIRECTIONERS! U-Ú Finalmente teremos os minos aqui no Brasil! To tão feliz e vocês? Alguém aqui vai pro show? Eu acho que eu não vou :( Mas enfim! Fico feliz mesmo assim só de saber que eles vão vir para cá! :D

terça-feira, 14 de maio de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 04 / Terceira Temporada


"Last Kiss"



Zayn Narrando.

Janeiro, 2013 - Hawaí

2 Semanas Depois...


 Pipipipi. Alarme maldito. Bati a mão desligando o barulho irritante que aquilo fazia. Me levantei, abrindo as cortinas da varanda, e deduzindo não ser muito tarde. Nove da manhã, penso. Escovo meus dentes, jogo água gelada refrescando meu rosto quente. Trocado, quarto arrumado, café da manhã. O que estava faltando mesmo? Ah sim. Bem, se passaram duas semanas, duas longas semanas digo. Semanas chatas, tediosas, nada demais. Nada que eu já não esperasse que acontecesse. Eu via algumas vezes a garota que um dia já foi minha caminhar durante a manhã na praia, e provavelmente pensando em sua vida. Eu a observei -como um espião louco- durante esses dias. Descobri algumas coisas -não que sejam interessantes, não- que não imaginava que poderia ter acontecido. Depois que Seu Nome foi embora, passava por todos os jornais possíveis falando sobre o desaparecimento de James. James Patrol. James, o homem mais filho da puta que já conheci que arruinou toda a minha vida... Até hoje. 

 Ele ficou desaparecido por um mês, e claro foragido, por que alguém o dedurou para a polícia. Depois de um mês, o cara aparece todo espancado, literalmente aos pedaços. E então, a surpresa: foi o próprio Gonzalez, com suas unhas e dentes, que o manteve preso num lugar abandonado, o fazendo sofrer durante um mês, e depois claro, disse que achou o foragido tentando fugir do país, e claro James foi preso. Não totalmente... Há boatos que ele conseguiu fugir. Por um lado, espero que seja verdade. Talvez eu tenha a sorte de encontrá-lo por aí, e acertar minhas contas com ele, assim como o Gonzalez fez.

 Finalmente, me convenço que tenho que terminar minhas malas, hoje volto para Bradford. O pessoal foi embora mais cedo por seus motivos  -isso inclui Lallie- mas eu decidi continuar aqui mais alguns dias, até eu me cansar. Passagem comprada. Voo ás duas. Era tudo o que eu pensava. Voltar. Era definitivo. Não tinha mais jeito. Não tenho mais nenhum motivo que me faça ficar aqui, nem mais por um segundo sequer. Não existiria mais nós. O amor só é bonito em filmes... E sim, isso foi um conselho pra você aí. Mas, isso não para por aí. Ou talvez sim. "Ou". Sempre vai ter um ou, pra me confundir. Não Zayn... Você sabe o que quer, você está sóbrio, você sabe o que é certo. 

 Deixei o quarto arrumado, -sim estou de bom humor- facilitando o trabalho das arrumadeiras. Estou de tanto bom humor que preferi ir pelas escadas mesmo, apesar de estar carregando algumas malas. Então, quando chego ao hall de entrada, dou de cara com um antigo amigo. Como é bom saber que o mundo dá voltas. Deixei minhas malas ali, e caminhei até a recepção, fazendo ou check-out, então a pessoa me reconheceu.


- Zayn? Ah não acredito! Quanto tempo cara! -deu um sorriso e me cumprimentou com o nosso antigo toque.

- É Peter. -ri fraco- Quanto tempo!

- Poxa, então eu mal chego e já revejo velhas amizades. Como vai a vida?

- Bem, muito bem. Aliás, já estou de saída.

- Mas já? Não aceita nem um whisky, nem nada? -riu simpático. Peter não havia mudado seu jeito.



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- Ah não. Estou na dieta de "Ignore isso de manhã menino! By: Mãe". -ri sendo acompanhada por ele.

- E ela está certa. Bem nos falamos então. Até cara. -me cumprimentou de novo, e os meus olhos foram diretos para uma coisa mais interessante. 




Um ser dentro do carro preto em frente ao hotel. Eu já deveria saber- Ah não! Não me diga que aquela ali é a Seu Nome? - ele olhou pra trás se certificando. 

- Ah é sim. Minha irmã. Eu estava na casa dela, mas acabei sendo expulso pelo namorado-quase noivo dela, um otário na verdade. -bufou.

- Poxa que chato. Acha que eu seria educado em ir cumprimenta-lá?!

- Não. Você estaria provocando. Você a conhece, ela odeia isso. -disse olhando de canto.

- Ah, mas eu faço questão. Poxa, eu estou indo embora, seria uma honra a provocar por uma última vez. -então a voz suave e doce que eu já escutei sussurrando em meus ouvidos provocando, gritou do carro.

- ANDA LOGO PETER! EU VOU ME ATRASAR, FAÇA LOGO A MERDA DESSE CHECK-IN. -então abaixou o vidro novamente, voltando a batucar os dedos no volante.

- Viu só? -disse se virando para a recepcionista que o engolia com os olhos. Aproveitei a distração e fui até o carro onde encontrava a pessoa da qual eu me interesso no momento.

- Toc toc. Alguém aí? -então o vidro se abaixou lentamente, e dei meu sorriso irônico, no qual eu sei, ela detesta.

- Olha só. O Badboy não badboy indo embora. Que honra Malik. -disse um tanto sexy meu sobrenome, numa forma irônica e bem provocativa, como nem uma outra mulher da qual eu conheci, soube falar igual ela.

- Irônica como sempre. E aí, curtindo o Hawaí?

- Não querido, não tenho mais o que curtir aqui. Meus tempos de turistas se foram. Droga, esse Peter foi mandar encomendar o Check-in?!

- Bravinha, ui. É melhor que ele demore mesmo, podemos colocar certos assuntos em dia. -olhei naqueles olhos hipnotizantes dela que me transmitiam insegurança, típico dela quando esta do meu lado.

- Entra aí, mas nada de papo furado, entendeu? Então, o que quer comigo desde que bateu na minha porta, totalmente bêbado?! -riu, provavelmente lembrando da cena estúpida, é claro.

- Por que foi embora? -a olhei de canto (gif), ela me olhava de um jeito irônico, e um sorriso no canto dos lábios, que logo se desmanchou ao sentir meu tom de seriedade ao tocar no assunto.



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- Você sabe. Você sabe não é? -um certo ponto de incerteza saiu de sua frase.

- A noite do Baile. Impossível esquecer. -ri, sem humor algum pra uma conversa dessas.

- Você me traiu. Não, você me traiu... Duas vezes. -ênfase no "duas vezes", ela ainda guardava mágoa.

- Seu Nome... Desconsidere um tanto a segunda, por favor. Eu colocaria a vida dos outros em risco! A da sua própria melhor amiga há anos, a Becky!

- Tá, tá. Pouco me importa isso agora. Era só isso?

- Não, tem outra coisa.

- Fala logo, bosta falante. -disse sem um pingo de paciência. 

- Você ama o David?

- Você me amou?

- Faz diferença?

- FAZ!

- Não grita comigo. Vai gritar com seu papaizinho.

-Ah vai se foder também Zayn. Já era pra ter desaparecido da minha vida. Aliás, porque cargas d'águas ainda continuo falando com você? Saí do meu carro, vai logo.

- Porque você ainda me ama né? Me obrigue a sair.

- Não me obrigue.

- Ah eu te obrigo sim. Não vou sair.

- Ah vai sim. Vai sair do meu carro, dessa cidade, vai SUMIR DA MINHA VIDA!

- E que diferença faria se eu ficasse ou saísse da sua vida? HEIN?!

- TODA A DIFERENÇA DO MUNDO MEU BEM. SERIA UMA BOSTA FALANTE HÁ MENOS ME ATORMENTANDO. FELIZ?!

- SIM, MUITO FELIZ. ALIÁS, NÃO SEI NEM PORQUE EU ENTREI AQUI. 

- Você ainda me ama. -riu irônica.




- Por que acha isso? -ri.

- Ilusão, você, o que passamos. Um amor que não existiu. Suas juras de amor, nada foi concreto. Saí logo Zayn. Não quero mais te ver... Tenho nojo de olhar pra você. -e ela não estava mentindo, o rosto totalmente virado para o outro lado, evitando qualquer contato visual comigo. As palavras dela... Doeu.

- Então pra você tudo o que vivemos foi uma mentira? Então explica o fato deu ter te salvado várias vezes. ISSO TAMBÉM FOI MENTIRA?

- Vai embora. Vai logo. -olhou pra mim e desviou o olhar novamente. Estava fugindo da verdade, como sempre.



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- Eu vou embora, e você sempre fica. É sempre assim não é?

- Para de falar essas coisas, chega.

- Não, não vou parar! Eu nunca desisti do que foi feito pra mim. Você Seu Nome... Eu nunca quis desistir, eu juro. - então, num reflexo rápido ela teve uma atitude da qual eu não esperava.

- VAI EMBORA ENTENDEU? SOME. CHEGA DE FICAR FALANDO ESSAS BABOSEIRAS, PORQUE EU CANSEI. CANSEI! EU NÃO ACREDITO MAIS NISSO, NÃO CAIO MAIS NAS SUAS MENTIRAS DESLAVADAS. VAI EMBORA. SOME DAQUI. AGORA! -lágrimas de raiva iluminavam seus olhos, eles brilhavam pra mim. 

Brilhavam de raiva, ódio. Todo o amor que um dia existiu nela por mim, se transformou nisso. Ela agora era uma garota fria. Ela foi tão rápida, que pulou para o banco do qual eu estava, ficando em cima de mim e um tanto próxima. Coisa da qual ela não percebeu, por conta da raiva. 

- Eu vou. -disse seco, mesmo sabendo que era contra minha vontade. Ela se arrumou, voltando ao seu lugar. Respirei fundo, e disse minha últimas palavras, que eu sei, doeria mais em mim do que nela.

- Adeus Seu Nome. -mas, algo me impediu de sair dali. Continuei a olhando, procurando por respostas em seus olhos, nada. Peguei em seu rosto delicadamente, e selei seus lábios. Um adeus, um último beijo. Mil lembranças.


~~

Oi oi gente (: -lembrei da Kéfera :p- Haha tudo bem com vocês? Bem, eu tinha ficado um tempinho de castigo, sem pc. E a preguiça também me dominou, me desculpem. Eu to um tanto animada pra logo logo terminar essa fic, que acho que já vou escrever mais um capítulo \o/ Agora....

~~












CADÊ OS COMENTÁRIOS XENTI? Ok, ok. Também não estou mendigando por coments, no no. Mas isso me desanima totalmente, é como se eu tivesse postando pra fantasmas u.u Se vocês realmente existem, -kkk- SE QUISEREM, comentem ok? Xoxooo's, i love you all (: 

domingo, 5 de maio de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 03/Terceira Temporada

"You're My"



Liam Narrando.

13 de Janeiro, 2013. Hawai - Manhã. 

- Você está mentindo. -riu- Eu não escutei isso, estou bêbada, tchau Liam.


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-ela se virou, mas peguei em seu braço, prometendo a mim mesmo que mesmo que ela implorasse, não iria soltá-la.

- Espera -digo com calma a segurando. Nós dois sabemos o que queremos. Pô Sá, festa, bebidas, amigos, estamos curtindo! Esquece a Amy, esquece tudo e vem comigo.


 Ela me encarou sem saber o que falar, e foi chegando perto o suficiente pra me fazer pensar que me daria um tapa na cara ali mesmo, mas sua atitude me surpreendeu.


- Para... De me deixar louca. -e simplesmente me agarrou e me beijou, fomos andando tropeçando em tudo, móveis, tropeçando até mesmo no vento, até chegar em seu quarto.

- Preciso de fôlego. -digo ainda próximo de sua boca-

- Vem cá, eu te dou fôlego. -e me puxou de novo pelo colarinho me dando um beijo daqueles de tirar o fôlego, o que a bebida não fazia.



Você Narrando.

13 de Janeiro, 2013. Hawai - Manhã. 


 Levantei lentamente saindo de um leve transe há minutos atrás. Eu juro que ignoraria se não sentisse que fosse importante. Juro também que mandaria tudo isso pro inferno. Mas afinal, o que seria o inferno? Ri sozinha ao perceber o quão idiota estava sendo por ter tal pensamento. Fui até a mesa central daquela imensa sala de estar, e vi meu celular vibrando sem parar. Número desconhecido. Quem é que me liga ao nascer do sol e sem identificação hein?! Puta que pariu. Já sem paciência peguei essa droga eletrônica que tais o chamam de celular, e atendi querendo que isso terminasse logo.


- Alô? Quem tá falando?

- Seu Nome? Pô, quanto tempo! Três anos! Bom saber que ainda está acordada. -riu-

- Ta e daí? Quem tá falando?

- Poxa, não está reconhecendo minha voz? Mudei tanto assim? -riu-

- Não, não sei quem é. E se é tão importante assim, se identifique logo, tenho mais o que fazer.

- Nossa, vejo que fica mais durona conforme o tempo passa. Mais o que fazer, tipo o quê?

- Tipo desligar isso e ir dormir.

- Ok... Vai lá durona, e fique sem saber notícias do seu querido irmão. -riu debochando-

- Peter? -disse animada e envergonhada- Oh meu Deus... Desculpa por essa recepção, realmente não achei que fosse você! Como conseguiu meu número?

- Contatos né gata. E aí, como vai a vida no Hawai?

- Bem... Quer dizer. Reencontrei as pessoas que menos queria aqui. E aí em New York? Como vai os negócios?

- Tá sabendo bem em maninha? -riu- Estou indo... Sabe, eu pensei em passar uns dias aí na sua casa, tudo bem eu ir pra aí? Claro se o David aprovar!

- Oh sério? Claro por que não... Tudo bem, pode vir.

- Perfeito, te vejo amanhã a noite. Bem... Fica bem ok? Aliás... Quem a senhorita reencontrou?

- Ah Peter são longas histórias... Desde que você foi pra New York, muitas coisas aconteceram.

- Ok, isso você contou... Mas e daí?

 - E daí que, Zayn e eu nos separamos, me separei de todo mundo, poxa! Se passaram três anos e os reencontro aqui bem no aniversário do desgraçado. É desgastante.

- Vishi, sinto muito maninha. Tenho que desligar tudo bem? Preciso dormir também. Fica bem, até amanhã. Te amo.

- Tudo bem.. Dorme bem. Até maninho, amo você também.


 Então, tudo o que escuto é a ligação acabando. Seria bom ter Peter aqui novamente... Ele me dá forças, ele é o único que vai me proteger do "lobo mau" que me reencontrou aqui. Por falar em Peter... Isso lembra meu pai. Droga. Mais tarde ligo pra ele, agora não. Percebi que havia ficado acordada a noite inteira e já estava amanhecendo, ou seja, eu preciso de cama... URGENTE. Em passos curtos e silenciosos, vou andando nas pontas dos pés até chegar na porta do meu quarto. David dorme tranquilamente como um bebê. Não que eu sentisse um amor eterno por ele... Apenas venho sustentando isso com atrações, fetiches e etc. Mas pra falar a verdade, no meio disso tudo, eu ainda me sinto como sempre me senti... Perdida.


Zayn Narrando.

13 de Janeiro, 2013. Hawai - Manhã.


 Depois de uma boa transa com Lallie, que agora dormia virada do outro lado da cama, eu pensava seriamente em ir a sua casa e bater em sua porta novamente, a puxar e lhe dar um beijo, mas eu sabia... Eu não estava sóbrio pra tal pensamento. Portanto esse pensamento inútil logo saí de minha mente. Me levanto com calma, ainda sóbrio o suficiente para não acordar Lallie... Não que eu me importasse. Vou até a varanda do quarto, abrindo as portas de vidro, sentindo aquele vento gelado bater em minha pele fazendo me arrepiar até a espinha. Vida sem sentido... Vivendo por viver. Perdi uma das coisas que mais dava valor em minha vida. Seu Nome. É estúpido eu sei... Mas talvez eu a amei de verdade, apesar de tantos vices e versas, de tantas idas e vindas, de tantas confusões em nossas vidas. 

 Tantos blá blá blá, tantas pessoas nos impedindo de sermos felizes... Tantas pessoas inúteis dizendo que não fomos feitos para ficarmos junto. Já explodindo de tanta raiva dessa coisas do passado, me pego tacando um vaso na parede. Lallie acordou assustada.


- Não foi nada Lallie, volte a dormir, só deve ser algum vizinho idiota. -e acho que funcionou, pois não escutei mais nenhum argumento vindo dela. 

 Sentei, me encostando na parede gelada, respirando o ar limpo... Pensando no que fazer, já havia amanhecido. Talvez voltar pra Bradford, voltar a viver minha vida? Não... Não! Se o destino me trouxe aqui novamente pra perto dela, é uma oportunidade. É isso. Eu vou reconquistar o que eu perdi... É mais do que óbvio que ela foi feita pra mim... Ela sempre foi, ainda é e sempre será... Minha.

~~

Hello girls! Bem, me perdoem mesmo a minha demora. A minha imaginação pra escrever também não ajuda em nada! Por isso demorei pra escrever... e também isso explica o capítulo pequeno. Prometo que no próximo terá mais falas e interação ok? E aí, que atitudes o Zayn talvez vai tomar de agora em diante em? #comentem u.u 
Gostaria que vocês comentassem só pra mim saber se estão gostando. Bom, vocês sabem meus contatos, ali do lado direito do blog tem meu twitter e meu ask. Ahh... antes que me esqueça, talvez em breve a Sá volte a postar, espero eu rs. Kisses, fiquem bem my babes! ((: