quinta-feira, 23 de maio de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 05 / Terceira Temporada

"O inimigo está de volta"



Zayn Narrando.

Janeiro, 2013 - Hawaí/Aeroporto 


Pousando aos poucos, o avião chegava ao seu destino. Devagar, desci as escadas pegando minhas malas. Enfim, Londres. Fui andando até o portão de desembarque. Eu realmente esperava reencontrar só minha mãe, ou uma de minhas irmãs. Mas não. Ao lado de minha mãe tinha mais alguém. Alguém que eu não via a há anos. Alguém que eu realmente não gostaria de rever tão cedo.

- Filho! Senti saudades! -me envolveu num abraço apertado.

- Oi mãe. Também senti saudades. Onde estão minhas irmãs?

- Ah, eu achei melhor que elas esperassem você em casa. -Sorriu.

- Mãe... -disse num tom cabisbaixo.

- Ah sim filho. O Gonzalez quis me acompanhar até aqui.

- Olá Zayn. É bom revê-lo. -sorriu, mas devolvi um sorriso de canto fraco.

- Igualmente -menti- Por que está aqui?

- Sua mãe já lhe disse. Resolvi dar uma carona até aqui.

- E então filho, vamos? -minha mãe chama de volta minha atenção.

- Vamos sim.


E então, dentro de um carro, um silencio absurdo. Até alguém o quebrar.

- E então Zayn. Como foi no Hawaí? -disse Gonzalez, atento ao transito.

- Ótimo. Aliás, reencontrei sua filha por lá. Não sabia que agora morava por lá.

- Ah sim. Minha filha. E como ela está?

- Não sei. Sua filha é tão ignorante que não me deixou ao menos a perguntar se estava bem. -disse um tanto com raiva.

- Zayn... -repreendeu minha mãe.

- Ah não. Nem vem mãe. É a pura verdade. E quer saber? Nem sei porque aceitou carona desse daí. Eu prefiro ir a pé. -aproveitando que o carro havia parado, peguei minhas coisas e desci daquele carro, andando até o próximo ponto de onibus, só faltava duas quadras. Mas escutei alguém me gritando.

- ZAYN! VOLTA PRO CARRO AGORA. -as pessoas que ali passavam tomaram sua atenção a minha mãe que gritava comigo.

- NÃO MÃE! -gritei de volta. Qual o problema deu não querer aceitar carona do Gonzalez? Nenhum, mas para minha mãe é como se eu estivesse desrespeitando a lei.

- AGORA ZAYN. VOCE NÃO É MAIS UMA CRIANÇA.

- ÓTIMO. POSSO MUITO BEM IR A PÉ PRA CASA.

- VOLTA! TEMOS QUE CONVERSAR. -não respondi e continuei caminhando.

- Zayn, por favor filho. É o James. -então, um nome. Um nome que me fez parar e repensar. Droga, o que estava acontecendo? Então, sem ter um controle próprio sobre meu corpo, já me vi dentro daquele carro de novo.


Os velhos retratos continuavam ali. Não havia mudado nada. A única parede lilás da sala, que então me lembrou de três anos atrás da brincadeira que fiz com a Seu Nome. E eu me peguei rindo sozinho.

- Rindo sozinho? -uma voz grossa me faz virar pra trás.

- Não. -disse seco- Apenas lembrando dos bons momentos que passei aqui.

- Sabe, a Seu Nome sempre me dizia que amava ficar aqui. Adorava ficar conversando com a Marie, brincando com suas irmas... Ou até mesmo, ficar aqui com você. -riu.

- Marie? Porque tá falando da minha avó? Não queira tocar na minha ferida. Não comigo.

- Desculpa Zayn, não era a intenção. Mas, como sua mãe disse. É o James.

- O que tem ele? -minha voz já era dominada pela raiva.

- O inimigo voltou. Ele voltou Zayn.


Flash Back On.

03 de Setembro, 2011.

Bradford/Londres.


Preto. Preto e branco. Sem cor. Sem nada. Sem coração. Sem sentimentos. Sem motivos para viver. Era assim que eu me sentia. Era assim que eu via o mundo agora. Um mundo em preto e branco. Jaqueta de couro preta, camiseta preta. Um jeans velho, e um t
ênis preto. Eu me preparava para sair de casa e ser mais forte, -ou fingir que sou-, e ir para o velório. Pense o que quiser mas, eu havia chorado. Ainda estou chorando. Eu não acreditava que ela havia ido. Não era possível. Minha avó havia ido embora. "Ela morreu" Foi isso que escutei da minha mãe assim que cheguei em casa, noite passada. Não dormi, e nem quero. Eu quero tê-la mais uma vez aqui. Mas eu não podia, e sabia. Arrumado, pensei em uma única pessoa que estaria pior do que eu ao saber disso. 

Eu sei. Ela deve estar bem longe agora, feliz. Mas sem imaginar que estou acabado. A pessoa que tanto se importou comigo, pra que eu fosse feliz. Sempre me ajudou em tudo. Sempre me ajudou em conquistar minha garota, se foi. A velhinha -conhecida carinhosamente por todos como dona Marie- simpática, carinhosa, sábia, e minha avó. Eu nem ao menos sabia o que estava sentindo. Era uma tristeza... Uma tristeza profunda. Que era de amargar meu coração. Eu via tudo em preto e branco. O mundo não teria mais cor.

Então, escuto alguns toques na porta. Alguém me chama e entendo que está na hora. Desci as escadas, minha mãe e minhas irmas já se encontravam dentro do carro. Foi quando escutei um grunhido atrás de mim.

- Pode deixar Zayn. Eu levo elas. Não precisa ir agora.

- Obrigado... Gonzalez.

- Tudo bem. Meus sentimentos. -agradeci com a cabeça, ele me deu um tapa de leve no ombro e se foi. Seria realmente interessante saber o por que dele estar aqui -a ligação dele com a minha avó talvez explicasse- se tudo isso aqui não fosse profundamente uma tristeza para mim. Me sentei numa poltrona, deixei que algumas lágrimas escorressem. Não me privaria disso. Seria fraco... Apenas para mim. Mas, como aparência, fingiria ser forte. Chorei... Chorei. Chorei mais ao admirar o retrato em minha frente do qual ela ainda sorria e me abraçava. E me dizia:

 "Querido. Meu querido Zayn. Não chore quando eu morrer. Sorria. Eu só terei ido embora, mas você ainda terá uma vida pela frente. Lembre-se de todas as coisas boas que tivemos e cultiva-as. Lembre-se disso. Não carregue tristeza e mágoa alguma. Nem sentimento de vingança. Nada. Não importa o que seja. Um dia todos nós iremos morrer. Sorria porque eu terei ido embora e viverei num lugar melhor. Não chore querido, ainda irei te amar eternamente".

Flash Back Off.


Ent
ão eu entendi o que ela tanto queria me dizer.

-Não me diga que... -não fui forte o suficiente para terminar a frase.

- Sim Zayn. Por isso pedi que ficasse mais um tempo. Ele estava lá. Eu tive que expulsá-lo.

- E foi a partir daí que o sequestrou, não foi?

- Sim foi. Ele precisava pagar por tudo o que fez!

- E como ele voltou?!

- Ele conseguiu fugir. Como eu não sei.

- E por que veio até mim?

- Por que eu sei que carrega uma vingança dentro de você a tempos. Parece errado carregar esse sentimento, eu sei. Eu sei Zayn, a mim você não engana. Eu sei que quer vê-lo morto.

- Não entendo.

- Zayn! Eu sei o quanto você tem raiva dele, mais do que eu se duvidar. E o que eu fiz, foi pouco! Depois disso então... Achei que você quisesse.

- Ah Seu Nome sabe disso? -desviei o assunto. Eu tinha raiva dele sim, mas não acho que o queria morto. Eu queria ve-lo sofrer e apodrecer na cadeia.

- Não. Por que?

- Não temos ligação alguma Gonzalez. Sua filha deveria saber disso.

- Ela não precisa.

- Será? -disse com desdém- Acho que ela gostaria de ficar informada sobre o cara que tirou o filho dela.

- Seu filho também.

- É, isso aê. -disse sem humor algum. Onde ele queria chegar?

- Zayn entenda...

- Vá embora. Não vou ajudar mata-lo. Chame seus capangas, você não tem eles pra isso? Pra fazer seu serviço sujo?

- Ah moleque. O que você virou hein? Um traste. 

- Não me chame assim. -a raiva começava a me dominar novamente.

- Chamo sim. O que você se tornou?! Um moleque que só pensa em se divertir, não toma rumo na vida. Será que o amor foi capaz de te tornar nisso?!

- Que merda de amor! Voce já está falando em algo que nao tem nada a ver!

- Tem tudo a ver! -respirou, e mais calmo disse- Essa noite eu vou pro Hawaí preciso falar com o Peter, deixá-la a Seu Nome a salva. E você, tem até amanha de manha para me dar uma resposta. Passar bem. 


Mas que droga! Entediado, encarava as paredes azul marinho escuro -principalmente o teto, que me parecia bem interessante no momento- pensando no que deveria fazer. Se tomaria um rumo pra minha vida - incluindo a tal vingança-, ou continuava assim e deixaria o destino me levar. Grande merda a minha vida se tornou. Gonzalez tem razão, o amor muda a gente... E no meu caso, ele me estragou totalmente. Eu não era assim. Eu tinha uma vida. Eu tinha um amor. Eu tinha tudo que eu precisava. Eu tinha planejado meu futuro e minha vida ao lado da minha garota. E em questão de minutos, eu perdi tudo. O que fazer para reconquistar tudo o se perde? Eis a questão. O velho e antigo e meu favorito brinquedo eletrônico vibrava. O peguei vendo que era só um alarme. E
ntão, um número. Disquei sem pensar duas vezes. 

- Alo? -a voz rouca atendeu, respirei fundo.

- É o Zayn.

- Ah sim. Diga rápido, por favor. Já estou no avião. -respirei fundo e disse com calma.

- Tudo bem, eu aceito Gonzalez.


Continua...

Oii (: Bem, esse capítulo exigiu muito da minha imaginação.. então, vocês tem sorte deu estar conseguindo postar... Bem, a minha demora é por causa que eu tinha que estar mexendo pouco no pc por conta de umas coisas -incluindo a minha falta de criatividade-. Espero mesmo que tenham gostado desse pq slá né. Vou tentar escrever outro, mas não prometo nada. Beijão! ((: 
Aliás.... -estou atrasada eu sei u-u- PARABÉNS PRA NÓS DIRECTIONERS! U-Ú Finalmente teremos os minos aqui no Brasil! To tão feliz e vocês? Alguém aqui vai pro show? Eu acho que eu não vou :( Mas enfim! Fico feliz mesmo assim só de saber que eles vão vir para cá! :D

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