sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Amor Nunca Morre - Capítulo 06 \ Terceira Temporada

"Reencontro de amigos"



Narradora On.


Suava frio. Suor escorregando pela testa e mãos, o corpo estremecendo. Já não havia mais nada que a pudesse deixá-la com medo. Era o que pensava. Era um pesadelo que parecia não ter mais fim. Pedia socorro, mas ninguém a escutava. Queria gritar, mas som nenhum saía. Ela queria poder correr, fugir dali. Quem a perseguiria? Ela não sabia. Um cara alto, de preto. Todo vestido de roupas pretas e grossas. Ele não sentia calor? Ela corria sem parar, mas nunca chegava em lugar nenhum. Era infinito. 




Ele vinha atrás dela. Ele só queria ajudar, mas ela sentia medo. Muito medo. Ela não queria. Quem era ele? E só corria, corria sem parar. Sem fôlego, mas nunca desistia. Até ver tudo branco.

Plaft!


Você Narrando.

Janeiro, 2013 - Hawaí



- Bom dia mocinha. Pesadelos? - disse o garoto galã de olhos verdes que abria as cortinas, sorriu amarelo pra mim.

- É, mais um pesadelo pra coleção -analisou bem quem estava ali a sua frente- P-peter, o que faz aqui? Ai! -resmunguei ao por a mão na cabeça ao perceber que estava no chão.

- Belo tombo. -riu-

- Ah cala a boca! Cadê o David?

- Saiu mais cedo, compromisso de última hora. Eu vim te acordar.- As sete da manhã?! -resmungou, odiava acordar cedo em plena...- Sexta-feira? Peter, sete da manhã de uma sexta-feira?! -digo indignada já me levantando.

- É que tem alguém que quer te ver... -foi interrompido por um ser que entrara naquele canto bagunçado.

- SURPRESA! -disse feliz.

- PAI! -saí correndo e pulei em seu colo- Quando chegou?

- Agora. -riu.

- Então né... Eu ainda to aqui gente. -Peter falou, um tanto com ciúmes?

- Ah como é bom vê-los junto de novo. Resolvi fazer uma visitinha. 

- Ok pai. Vamos descer, estou morrendo de fome. -digo, já pensando no meu belo café da manhã reforçado, fazendo os rir com meu exagero de fome.

- Então, o senhor só veio para cá pra me ver? Quer dizer nos ver? -digo, colocando um pouco mais de café em minha xícara.

- Sim. Quer dizer, achei que fosse bom passar um tempo com vocês. Que aliás, cresceram muito rápido. Quase não nos vimos nesses últimos anos.

- É pai. Aconteceu muitas coisas nesses últimos anos, foi tudo muito corrido, não é mesmo? -diz Peter, se dirigindo ao meu pai com um tom de seriedade. 

- Ok ok. Isso aqui já ficou sério demais. E então pai, como foi ficar três anos em Londres? -disse, tentando mudar um pouco o assunto.

- Foi ótimo. Re-organizei minha vida, está tudo em seu devido lugar. -sorriu- E você Peter, como está sendo conviver aqui?

- Bom, eu acho. Apesar de estar naquele hotel. -resmungou. Eu gostaria que Peter ficasse aqui, se ele se desse bem com David.

- Por que? Não o convidou para vir morar aqui filha? -meu pai disse surpreso. 

- Peter, seu viado. Você não o contou?! -ele acenou com a cabeça um não. Filho da mãe. Então meu pai me olhou esperando uma resposta- Pai é que... David praticamente o expulsou daqui! É impossível existir uma convivência entre esse dois! Sem contar que não aguentaria Peter aqui em casa!

- Seu Nome, foi isso que eu te ensinei?! Ele é seu irmão! 

- E David é meu marido! -digo, irritada.

- COMO É? -os dois falam junto surpresos. Ah não... Eu falei coisa que não devia.

- Não... Não. Ele não é meu marido. Quer dizer, é. Ah esqueçam. -bufei, me sentando na cadeira, colocando as mãos na cabeça. Eu não havia os contado.

- Repete isso Seu Nome. -disse meu pai, bravo.

- Eu não escutei isso... -disse Peter, desacreditando no que eu acabara de dizer.

- É... -respirei e com mais calma, prossegui- David me pediu em casamento. E não... Ainda não dei a resposta, então acalmem-se.

- Isso é ótimo! - meu pai disse feliz?! Ele era bipolar ou que?

- COMO É?! -dessa vez foi a minha vez e Peter repetirmos a cena anterior.




- É. Minha filhinha se casando. Seria tão lindo te levar ao altar...! Já pensou filha?

- Não pai! Isso é loucura! Não quero me casar. -digo, cruzando os braços emburrada.

- É pai! Minha irmãzinha não. - Peter falou se encostando ao meu lado.

- Filha. Vocês dois já estão há muito tempo juntos para considerarem isso ainda como um namoro!

- Mas pai!

- Quando eu terminar, você fala. -me encolhi, com medo de suas palavras. Isso era contra a minha vontade!- Se você não gosta verdadeiramente de David, por que ainda está com ele por tanto tempo? -me encarou. Ele iria perguntar... Eu não iria responder e ele saberia- Você ainda o ama não é? -não respondi, abaixei a cabeça, aguardando uma nova bronca.






- Pai não obrigue a Seu Nome. -Peter se opôs.

- Espere Peter. A sua irmã precisa saber que três anos já se passaram! Três anos! Três anos ficando com um cara com quem você não gosta Seu Nome? Como pode?

- Curei um amor com outro amor. Não é o que dizem? -então, tomei coragem de encarar olhos que me davam medo e uma boca que me julgava com palavras. 

- Não, não curou! Você ainda o ama! -sem me controlar, lágrimas já escorriam.

- Pai para! Ela não tem culpa disso! Você sabe. Não é culpa de ninguém! -Peter exclamou, empurrando meu pai um pouco para longe o acalmando. 

- Pense o que quiser de mim pai. Tenho consciência do que fiz, mas isso é minha vida e sou eu que decido. -disse firme, limpando as lágrimas teimosas e subi para meu quarto. Não queria ver o rosto de mais ninguém. Então escutei algo tocando. Tranquei a porta ao perceber que era o telefone do meu pai. Vibrava em cima da minha cômoda, e quando o peguei, não acreditei. O homem que há minutos atrás estava me julgando por amar um homem do qual neste exato momento ligava no celular do meu pai. 


- Alô? -disse a voz rouca que eu tanto gostara de escutar.

- Zayn... -disse, com uma voz tanto fraca. Ele era meu ponto fraco.

- Seu Nome? -disse surpreso, mas logo mudou seu tom de voz, voltando a ser aquele homem frio que conheci aqui- Esse não é o número do seu pai?

- É sim. -fiz o mesmo- Por que está ligando pra ele?

- Nada, só estou confirmando contatos da minha agenda, para ter certeza de quais apagar.

- Não seja mentiroso garoto. - É sério.

- Eu sei que está mentindo. Não ligaria para ao meu pai á toa. Certamente, estão aprontando algo. -ele responderia, se alguém não batesse na porta interrompendo.

- SEU NOME EU SEI QUE ESTÁ AÍ. ABRA ESSA PORTA! 

- Que sorte a sua querido Zayn. Vou passar a meu pai, um momento. -abri a porta, dando de cara com a face surpresa de meu pai me encarando com seu celular.

- Seu Nome sua atrevida, devolva já meu celular. -tentava pegar, mas o impedi.

- Só um momento Pai. -voltei pro celular- Então Zayn como ia dizendo... -então meu pai tomou o celular de mim e com raiva disse- Vocês são dois grandes mentirosos. Falou tanto de mim, mas ainda tem contato com ele. Como pode?! Eu não mereço isso. -entrei e bati a porta. 

- Seu Nome, filha por favor eu posso explicar. Zayn te ligo depois! Seu Nome por favor!

- Vai embora, eu quero ficar sozinha. -e acho que ele entendeu, pois depois só senti o silencio me dominando ao redor. Resolvi ligar a tv, já que meu notebook estava lá embaixo e não desceria tão cedo. Tv ligada diretamente no jornal. Eu mudaria de canal imediatamente para o desenho do Bob Esponja *le momento criança da Fran aqui* se não fosse uma notícia que chamara minha atenção. James. O maldito estava solto de novo. E minha vida iria virar um inferno novamente. Peter morando aqui. Meu pai voltando. O papo sobre que eu deveria me casar com David... e a ligação de Zayn. Tudo fazia sentindo. 


Zayn Narrando.

Janeiro, 2013 - Bradford\London

Tentando ainda achar um jeito de falar o que senti quando escutei a voz dela novamente. O nervosismo tomou conta de mim. A mão gelada, coração acelerado. Tudo isso seria saudade dela? Será que ela descobriu? Ela é esperta, é óbvio que ela já sabe. Sabe também que tudo o já passamos estava voltando. Sabe também que estarei de volta pra ela. Estaria de volta para protege-la. 

Pensei que choraria quando escutei Gonzalez me contando que ela havia sido pedida em casamento. Mas não chorei. Eu sei que ela merece ser feliz, e nós dois juntos isso não iria acontecer. E sei também que o pai dela não a quer comigo. Eu sei disso tudo, e sei mais do que deveria saber. Doía, mas terei que superar isto agora ou nunca. Agora, por que senão morreria com tanta amargura dentro de mim. Eu sei que mesmo ela não querendo, ela vai aceitar, porque é o melhor a se fazer. 


- Zayn? -minha mãe entra em meu quarto.

- Sim mãe. 

- Tá tudo bem filho?

- Não mãe. - por mais que eu nunca havia conversado com a minha mãe antes sobre ela, agora eu precisava. Eu não tinha mais minha avó aqui.

- O que aconteceu? -se sentou do meu lado- Algum erro sobre o plano? Quer dizer, mesmo eu não apoiando que faça isso.

- Não, não é sobre o plano. Quer dizer talvez seja. -vendo que ela não estava entendendo nada, especifiquei- Pra ser mais exato... É a Seu Nome mãe.

- Ai filho. Você sabe muito bem que se ficar pensando nela e ficar colocando sentimento nisso, vai dar errado. 

- Eu sei, eu sei. Mas é que... Eu escutei a voz dela agora, e eu desejei nunca ter a perdido.

- Zayn... Você sabe que pode tentar reconquista-lá. Mas não agora, deixe as coisas se acalmarem.

- Não mãe. Não posso nem mais sequer tentar. Ela foi pedida em casamento. Eu a perdi pra sempre. -e não houve mais palavras pra explicar o que eu sentia... lágrimas escorrendo já foi o suficiente para minha mãe entender que eu ainda a amava.

A claridade invadia meu quarto. Janela aberta e cortinas puxadas. Olhei ao meu redor e fiquei aliviado por saber que estava em meu quarto. Devo ter caído no choro após palavras confortadoras da minha mãe. Um novo dia Zayn. -pensei- Um novo dia para tentar de novo. Levantei junto com um som animado que vinha do meu celular, uma ligação, era do Gonzalez, mas recusei, depois retorno. Banho tomado, comecei a arrumar meu quarto. Celular toca de novo. Dessa vez atendi, era Liam.


- E aí cara. Até que enfim atendou isso. -disse Liam, com seu humor de sempre.

- É, foi mal. -ri fraco.

- Tá livre hoje?

- Por que?

- Reencontro de amigos hoje, topa?

- No sábado?! 

- É cara, não queremos balada, festas, nada do tipo hoje. E aí, topa ou não?

- Claro. Na onde?

- No boliche. Depois das nove.

- Beleza. Quem vai?

- Ah... Eu, Harry, Louis, Niall, as meninas... - o interrompi rindo.

- Não Liam... Vai mais alguém além de nós?

- Atá. -riu também, ao entender minha pergunta- Não, só a gente. Já falei, reencontro de amigos, vamos conversar. Depois de voltarmos do Hawaí ninguém se falou.

- Beleza... Só uma coisinha. De quem foi a ideia?

- Da Sá por que?

- Hum, nada não.

- Zayn... Nem venha meu caro, não estamos juntos.

- Sério? E por que ela fez questão de te avisar primeiro sobre isso?

- Como você sabe? Quer dizer... -ri com sua atrapalhação- Para de rir Zayn, não tem graça.

- Ah tem sim. -ri mais.

- Tá, ok. Você venceu. É pode se dizer que voltamos, tá feliz agora?

- To sim. Até a noite então. 

- Até, falou. -desligamos.


Um reencontro de amigos? Até que não era uma má ideia... Se pensarmos que estou com um cara para me pegar e me fodi no amor. É, não está tão mal assim. Mas só me perguntava uma coisa, o que aconteceu de tão interessante para a Sá fazer isto? Nos reunir de novo? Não, era só um reencontro para pormos a conversa em dia, nada demais Zayn. Eles não sabem e não precisam saber que James voltou, é isso. Ninguém precisa saber. 


Por volta das 4 da manhã. Shopping Center - Boliche, reencontro de amigos.


- VIRA VIRA VIRA! -as meninas gritavam enquanto Liam e Harry viravam a garrafa de cerveja. 

- Af, Harry seu mole! -Niall exclamou rindo. Pela segunda vez Liam havia ganhado.

- Quem é o próximo? -disse Liam rindo, todos estávamos bêbados, um mais outros menos, mas todos bêbados.

- Eu lhe desafio Liam! -disse Louis, batendo na mesa.

- Vai lá Louis, ganha desse daí! Nós fazemos melhor que ele! -digo rindo da situação. Era bom estar de volta com eles. Então, alguém me cutuca.

- Zayn? -a pessoa disse baixinho.

- Fala Sá. -digo baixinho a imitando, fazendo a rir.

- É verdade que o James fugiu? -droga.

- Não, quer dizer, eu não fiquei sabendo de nada. -ri fraco.

- Ah tá. Não é que eu vi no jornal que estão procurando ele, e o pai da Seu Nome vai fazer de tudo pra pegar ele e que ainda está confiando numa pessoa para ajudá-lo.

- Sá onde você viu isso?

- No jornal hoje de manhã, por que? -será errado eu contar pra ela? A Sá sempre ajudou a gente.

- Nada não, deixa pra lá. Esquece isso. Você conhece o Gonzalez, ele vai conseguir pegá-lo.

- E se ele não conseguir? -retrucou Sá- Digo, se ele voltar atrás de mim ou Liam, ou até atrás de você novamente?

- Ele não vai. -digo com firmeza um tanto seco. Não posso contar, mas ela fazendo perguntas não vai ajudar em nada.

- Tá bom seu grosso, se você diz. -então ela se encolheu e ficou quieta. Fiquei ressentido por ter sido grosso, mas a coisa era séria e eu não podia envolver mais ninguém nisso. Não como fiz da outra vez, era arriscado e me traria muitos problemas. Desta vez, a responsabilidade de manter todos a salvos desse pilantra é toda minha. Passou mais um tempo, e depois de tantas conversar, risadas, resolvi ir embora.


- Droga já tá tarde, eu tenho que ir Sá. Avisa o Liam que falo com ele amanhã. 

- Mas já Zayn? -fez um carinha triste, implorando para que eu ficasse.

- Sim. -ri fraco com sua carinha, e dei um beijo em sua bochecha- Tchau linda, eu preciso ir mesmo.

- Tudo bem gato, vai lá, pode deixar eu aviso o Liam. 






Segui caminho a diante, logo chegando em casa. Deitei exausto na minha cama, e antes de pegar no sono, uma única palavra ecoava em minha mente... Seu Nome.


Oie =33 Haha parabéns pra mim que conseguiu postar ontem e hoje u-ú! E claro, pela primeira vez eu fiz um capítulo grande :o Então aproveitem muito ok? Fiz com muito carinho e criatividade haha! Mas, falando da fic, afinal o que vai acontecer? Será que "você" vai aceitar o pedido de casamento? E Zayn será que vai conseguir esconder de todo mundo o que tá acontecendo e ficar longe da sua amada? Haha tudo isso quem sabe no próximo capítulo! Mil beijos, amo vocês! (;  
-ps: ignorem o nome do título broxante, eu realmente estava sem ideia pro nome do capítulo .--. -

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